1974
A Aquisição da Fábrica pela Família Bonora
Uma negociação de máquinas entre a Guaratinguetá e os Matarazzos (representados pelo Sr Lodi, pessoa corretíssima), intermediada pelo o Comendador Giampaolo Bonora, abre a oportunidade de negociação e venda, em 1974, da própria Guaratinguetá ao Comendador Bonora, validada e aprovada por sua esposa, Comendadeira Elvira Baldini Bonora. Anos complicados, mas o Comendador dispunha de matéria-prima suficiente no Lanifício Resfibra para não depender, por um ano, de uma nova compra.
Se a empresa já havia perdido o crédito na praça, o mesmo não acontecia pessoalmente com o Comendador que, voltando a falar com Sr Lodi, conseguiu o parcelamento da dívida que a Guaratinguetá tinha com o Grupo Matarazzo e a oferta de crédito com o banco deles, em caso de alguma necessidade ou urgência.
1980
O incêndio, o milagre dos teares e a recuperação da Fábrica
Em mais ou menos seis ou sete meses, conseguiu recuperar a confiança dos fornecedores e também dos operários, que apostaram nessa reorganização da fábrica e, mais ainda, confiaram no seu novo dirigente, que não apenas falava de suas idéias e estratégias para a melhoria dos negócios, mas agia!
Todo esse trabalho de recuperação e reorganização contou com a valiosa ajuda e confiança de seus funcionários, de seu gerente financeiro e de seus filhos que, ainda adolescentes, entraram para a fábrica, iniciando como auxiliares em seus departamentos.
No final dos anos 70, um incêndio abala a fábrica, e aí a força e a fé do Comendador Bonora são postas em prática: “Deus dá, Deus tira, se Ele quiser, eu reconstruo!” Mas nesse incêndio um acontecimento intrigante chamou a atenção de todos: numa esquina onde ficava o setor dos teares, misteriosamente, o fogo não atingiu os únicos quatro teares de madeira, o tecelão responsável por aqueles teares, Sr. Ademar Rodrigues, todos os dias, ao chegar para o trabalho, parava em frente aos quatro teares e rezava, em voz alta, “Meu Deus, por favor, cuida dos meus tearzinhos”.
1987
Fazenda Lavrinhas
Em 1987, o Comendador Bonora adquiriu no alto da Serra da Mantiqueira, com a finalidade principal de ampliar a criação de ovinos para a extração de lã.
1994 A 2000
Dona Elvira e a Festa Dos Funcionários
Como de costume, todos os anos, Dona Elvira fazia questão de oferecer uma Missa, na fábrica, em agradecimento a Deus pelos resultados alcançados e sempre escolhia e comprava, pessoalmente, presentes para serem sorteados no final da festa. O ano de 1994 ainda era um ano muito difícil, pois a fábrica, novamente, havia sido surpreendida com outro incêndio, em 1992. Comendador Bonora, na oportunidade, disse que das cinzas das instalações estaria surgindo uma nova fábrica, moderna, arejada, funcional e mais segura.
